quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"AQUI VALE TUDO", a razão de um título "de peso"

Comecei a produzir o documentário "AQUI VALE TUDO" em setembro, e após mais de três meses de treinos, lutas e depoimentos, me parece estar ainda longe do objetivo final, sendo que comecei com uma academia e, aos poucos, descobri que Campina Grande, em termos de luta, não é mesmo uma cidade "qualquer". Edson Paredão, Jean Silva, Toninho Fúria, Kell Santos, Valderi, Puma e Antônio Silva, em arte "Big Foot" ("Pezão"), em alta mundo afora após ter derrotado, em fevereiro, nada menos do que o "Zar" Fedor Emelianenko, são todos "prata da casa", ou seja, todos são naturais da cidade paraibana, cada um com sua história de superação, suor e reconhecimento no âmbito do MMA (Mixed Martial Arts), seja nacional como internacional. Campina está gerando novos competidores como Stênio, João Paulo, Rodrigão, Rodrigo Mãozinha, Rogério Souza, Rodrigo Mumbuca, Rafael (todos da Instigação/Chute fight, assim como o Prof. deles, Kell Santos) e Isac Almeida, Sapo, Rômulo, entre outros (da Equipe Nova Geração, assim como Paredão).

Teaser do documentário:  


http://www.youtube.com/watch?v=szIfSAsbJmE


Quanto aos professores, além do já mencionado Kell Santos, Campina dispõe de ótimos instrutores de MMA como: o Prof. Targino (professor de Paredão, Isac Almeida, Sapo), o Prof. Valderi (professor de Puma e outros), o Prof. Eli (professor de Antônio "Pezão" Silva) e também, o Prof. Fialho, quem embora não ensine MMA e sim, Judô, foi aluno direto de um nome inesquecível do que, à época, era conhecido como "Vale Tudo". E é aí que quero chegar: grandes lutadores que se destacaram no cenário internacional (os citei acima e a maioria estão participando deste documentário), novos atletas, ótimos professores, tudo isso já justificaria a escolha autoral de realizar um documentário sobre "MMA" em Campina Grande (PB), contrariando quem, por falta de conhecimento ou preconceito,  pensa que só o sul/sudeste do país represente o Brasil em eventos de MMA no exterior e forneça novos competidores.

O argentino "Henri La Máquina" após a vitória discutível contra Paredão no Campina Show Fight III

Contudo, tem mais do que isso, e o que estou para colocar não só justifica o documentário, mas sim, seu título, talvez pouco original, mas muito merecido. Aqui vale tudo! porque esta é a terra de Ivan Gomes, considerado por muitos o maior lutador de todos os tempos, no mínimo um dos maiores. O Mestre Ivan Gomes, cujos restos mortais hoje se encontram no bairro da Liberdade em Campina Grande, tem um histórico que consta de mais de 300 lutas, muitas das quais em nível internacional: todas vitórias e apenas um empate.

Além do Prof. Fialho, tem na Paraíba e em particular em Campina Grande, alguns professores que foram alunos diretos do grande Ivan, e alguns oferecem suas lembranças em forma de depoimento neste nosso documentário.  O próprio atleta "Edson Paredão", parte da história do MMA em Campina, e que com 42 anos está próximo a deixar o país para mais uma experiência de luta profissional no exterior (no caso, nos EUA), conseguiu pegar umas aulas com o Mestre Ivan Gomes. 

AQUI VALE TUDO, porém, não só visa resgatar a história do MMA (ex "Vale Tudo") e demonstrar como Campina Grande seja um berço de exímios lutadores, e sim, vai contar histórias de vida de atletas que revelam a heterogenia, ou seja, a diversidade, amplamente presente neste micro-cosmo, hoje tanto em auge por causa dos investimentos e da mídia, graças ao circuito do UFC. No mesmo "tatame" se encontram histórias de vida bem diferentes que marcam a biografia de: policiais, militares do Exército Brasileiro, estudantes de direito, de engenharia, ex-barra pesada, ex-viciados, ex-membros de torcida organizada, crentes, pais de família, mulherengos e solteirões...



Através de alguns lutadores, tive a chance de entrar em contextos outros, assim como favelas, e seguindo os atletas, procuro mostrar a cidade de Campina Grande, alguns de seus bairros e em geral, a diversidade que a compõe em termos de espaço geográfico e claro, desigualdade social.   

A previsão é de terminar a fase de produção em fevereiro ou março de 2012. Por enquanto, já tenho 18 horas de material bruto, incluindo treinos, competições, dia-a-dia, depoimentos, etc.



Vale a pena salientar que o lema "quem luta não briga" não é apenas uma frase-feita, e após mais de 3 meses convivendo com os lutadores de MMA, fui tratado com respeito em todas as ocasiões, nas academias que frequentei e por todos os atletas, dos novatos aos mais experientes, incluindo campeões que, como Jean Silva, Valderi ou Paredão, já ganharam lutas e prestigio em nível internacional.
  
INTERESSAD@S EM APOIAR ESTA PRODUÇÃO, FAVOR ENTREM EM CONTATO ATRAVÉS DO E-MAIL OU DO TELEFONE ABAIXO (APÓS DA BIOFILMOGRAFIA DO REALIZADOR). OBRIGADO.
 
BIOFILMOGRAFIA SINTÉTICA DO DIRETOR



Riccardo Migliore: Natural de Milão, mora no Brasil há mais de seis anos. Realizador audiovisual independente, desde março de 2010, é parecerista credenciado pelo Ministério da Cultura (MinC), prestando serviço pela Secretaria do Audiovisual (SAV). Dirigiu mais de vinte documentários e curtas de ficção e participou de festivais nacionais e internacionais de cinema, assim como, entre outros: É Tudo Verdade (2011), Cineport – Festival Internacional de Cinema dos Países de língua portuguesa (2007, 2011), In-edit Brasil (2011), Rassegna Brasil Cinema Contemporaneo (Milão, 2011), Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América Latina (2011), Zanzibar International Film Festival (2007), Cinesul (2011), Mostra Internacional do filme etnográfico (2009, 2011), Cine Documenta (2010, 2011), Festival Prêmio Roberto Rossellini (2004). Em Milão estudou Artes (Diploma de II grau, em 1996, pelo Liceo Artístico I) e Cinema (Scuola del Cinema, TV e Nuovi Media – Fondazione Scuole Civiche di Milano), e ainda estagiou e trabalhou em produtoras como a Mercurio Cinematografica. Participou de oficinas de cinema com profissionais de nível internacional (Gianfilippo Pedote, Gianni Squitieri, Bruno d’Annunzio, Renzo Rossellini, Mohammed Kalari, Yesim Ustaoglu, Marcélia Cartaxo, entre outros); E ministrou quatro oficinas de introdução: à fotografia, ao cinema e ao filme documentário (UFCG, 2008-2009). Também é graduando (concluinte: 2012.1) em C. Sociais (UFCG), com pesquisa na área de Antropologia fílmica.




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